Licença Creative Commons
Este trabalho foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição 3.0 Não Adaptada.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

SIM E NÃO



Provo a ilusão de um sim
mesmo quando a vida diz não;
busco versos sinceros,
afirmativos,
com arremates e filigranas ternos,
sem almejar compensação –
trocas são agentes do não!
Não sou douto; louco tampouco;
poeta pouco;
me exponho, canto alto,
não medro, fico rouco,
fiz até uma canção
que canta o amor criança,
extrovertido, sem pejos,
de trança,
com Cupido, flecha e lança,
confraternizando o povo,
arrebol de esperanças,
mundo novo
com todos na mesma dança.
Provo a ilusão de um sim
estendendo a minha mão;
sorrindo, dando de mim
àqueles que só conhecem o não !
Embora seja árdua a luta –
mesmo sem conflitos
ou violentas disputas –
na busca da inspiração
por bela obra de arte,
onde amores sem descartes
bloqueiam medos,
soltam emoção sem segredos,
dispensam técnicas,
equações e enredos.
- “Impossível ! Irreal” ! - me afirmam.
Sigo encarando desafios,
enchendo copos vazios
com sentimentos-licor...
E, nos momentos do eu sozinho,
contrito, apelo ao Criador:
- Vós que Sois Uno e real Feitor,
considere meus apelos – amantíssimo Senhor !
Criados à Vossa imagem e semelhança,
do nascimento ao estertor,
imponha-nos esperanças
como fio condutor.
Afinal é na vida da criança –
onisciente como o Autor.
- Senhor Deus onipotente,
Ouça-me, mesmo não crente:
- Elimine o medo nos cultos –
coisa de adultos
e do mal,
que chegam até conceber
um “pecado original”
- quiçá por não entender
que Sois o perfeito Criador,
afinal!
-Deus, Senhor do mundo -
que Se declarou satisfeito
por cria-Lo,
cesse esses cultos insanos,
que não são de Tí, mas do diabo
pois precisam de sangue e guerra
para cultua-Lo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário