Em cima do muro,
no canto da sala -
de preferência no escuro
que lhe esconde a cara -
abre mensagens,
inicía viagens
que aceleram imagens
que confundem e agem,
encaram curvas
nas estradas turvas,
sob fortes chuvas
e na contramão.
No meio da tarde,
de sol aberto
que convida ao afeto
e espanta saudades,
abraça cidades,
provoca sorrisos,
dispensa juízos
e motivos,
intensifica o amor
e seu próprio calor -
ela permanece viajando,
sofrendo, secando
na maior depressão.
Humanos não se dão as mãos...
Desconfiam, rejeitam,
se isolam na solidão.
E na natureza... O calor do verão !
Casa Vermelha - Piratininga
Inverno de 2012
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