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terça-feira, 17 de dezembro de 2013

MALHAÇÃO



Sob sol de verão ou em tempo nublado;
In door ou em campo molhado;
Na neve, deserto ou em solo escarpado;
Pela manhã ou à noite, em ritmo puxado;
Vício, mania ou dever receitado;
Intenso, mais lento, constante ou ordenado;
Doído, medido, escolhido ou comparado;
Embora curtido, sempre focado;
... O amor é um exercício fisioterápico.

                                        Camboínhas, dezembro/2013

Comentários:

 
Comentário de Lúcia Cláudia Gama Oliveira ontem

Rsrs E aprovado!!! Poema/cinesio funcional.
Parabéns.
Beijos
Comentário de Janete Francisco Sales Yoshinaga ontem

Verdade amigo!
Um dos melhores exercícios,
este poema diz tudo!
Gostei!
Beijos
Comentário de Waulena d'Oliveira Silva domingo

"... O amor é um exercício fisioterápico."
Com certeza ! Uma excelente terapia !
Bjs. Wau 
Comentário de Sílvia Mota domingo

rsrsrs... É verdade, querido poeta... Divertido poema. Beijosssssssssssss

VERSINHOS SEM INTERESSE II


 

Doo o que não mais preciso;
Partilho o que me excede;
Conquisto o que me falta;
Sorrio para o inalcançável
e sofro pelo miserável.

Quem não dá, guarda;
Quem guarda, tem;
O que não se usa, estraga;
Não beneficia ninguém...


                          Camboínhas. Novembro/2013


 Comentários:


Comentário de Marcial Salaverry quinta-feira

Uma grande verdade em teu texto meu caro amigo,
devemos saber dar valor àquilo que temos, e não malbaratar nada...
Abraços poetoparabenizatorios,
Marcial
Comentário de Marcia Cristina B. N. Varricchio quinta-feira

Bom dia, Soaroir. Lembrou de uma profunda verdade: Nosso é somente aquilo que damos ao universo. Seremos os primeiros a termos de volta a dimensão exata do que ofertarmos, pois nada acontece sem a Permissão Maior. Uma folha não cairá, nem a corrupção imperará, se não houver um necessário e rico aprendizado por trás disto.
Que os bons sentimentos e as boas ações prevaleçam, hoje e sempre. 
Comentário de Marcia Cristina B. N. Varricchio quinta-feira

Corrigindo: ao gesto ativo.
Comentário de Marcia Cristina B. N. Varricchio quinta-feira

Concordo com a Silvia: teu convite à solidariedade, o gesto ativo são o amor e a prece EM AÇÃO! Nada mais agradável, perene e necessário ao mundo do que isto. Mais um abraço!
Comentário de Soaroir de Campos quinta-feira

Caríssimo, parabéns. Por experiência sei -   materialmente quando a gente não dá  ou divide a vida arrebata...
Comentário de Sílvia Mota quinta-feira

Versos de grande interesse, isto sim!
Acabo de assistir imagens desoladoras dos efeitos da chuva no Rio de Janeiro, em São Paulo, em Belo Horizonte... enfim, pelo Brasil afora... Tantos desabrigados, que necessitam da nossa solidariedade... Teu poema faz refletir para agir. O olhar do cãozinho é lindo, doce e comovente. Beijossssssssssssss
Comentário de Marcia Portella quinta-feira

Interessante, principalmente a última estrofe.............
Comentário de Marcia Cristina B. N. Varricchio quinta-feira

Bom dia! Muito bonito quando a pessoa fala uma grande verdade com tamanha docilidade. A força da suavidade, convida, faz refletir e transformar. Num momento propício, os corações ora endurecidos ora carentes se bastando pelo acumular, estão mais abertos pelo período, também pelas imagens dos danos ocorrendo em toda parte... Estraga porque não circula, não renova, se perde da função do compartilhar...Fica no peso do reter, do acumular. Nem todos isso conhecem, porém mesmo aos que conhecem, é necessário lembrar. Foi aí que aquele lindo olhar do animal, a mim significou...Que realidade estará ele a mostrar? Abraço.
Comentário de Zélia Mendonça Chamusca quinta-feira

É sim, Versinho com muito interesse e sobre ele devemos refletir para agir de acordo com o Bem que ele nos sugere...
Parabéns Paolo Lim!
ZCH
Comentário de Mônica do S Nunes Pamplona quinta-feira

Pena que nem todos pensam assim.
Belos teus versos.
Bjsss

Comentário de Sheila Gomes de Assis quinta-feira

A solidariedade, a compaixão e a bondade deveriam ser adereços de alma - de todos nós!
Parabéns, bela mensagem! Aplausos!
Beijo no coração.
Comentário de Mariangela Nunes Pamplona quinta-feira

Concordo plenamente! É preciso doar o que se tem a mais, outros precisam enquanto guardamos! Muito bom!!
Abraços meu querido!

domingo, 15 de dezembro de 2013

SAMBA ENREDO


Este samba, composto para o enredo ZEUS, do Bloco do meu bairro,  eu apresento e ofereço em homenagem aos meus amigos do PEAPAZ!

A começar pela SILVIA MOTA - que nos aceita, da força, suporta;
E fielmente representados pelos olhos de lince do querido JORGE CORTÁS.

Ele vai para KA SANTOS, cujos predicados são tantos que canta-los não sou capaz;

Para o HILDE de todos os cantos e duos fantásticos que faz;

Para ARLETE FERNANDES, MARCIA PORTELA, SUELI FAJARDO e MARCIAL, cujos poemas bem ritmados, comentários aguçados, tanto nos aprás;

Para MÕNICA PAMPLONA que desde meu primeiro canto, me deu força demais;

Para o JORGE MONTENEGRO que é mestre e nos ensina sempre, até não poder mais;

Para LÚCIA CLAUDIA que lá de Búzios das belezas tantas, é nosso símbolo da PAZ;

E a todos os outros e outras, não citados, que são inúmeros, queridos e não esquecidos, jamais...

         MORIA - A CRIAÇÃO DA DEUSA LOUCA !

Foi no esplendor da Grécia clássica
que esta história, cheia de graça, rolou;
Entre Deuses, Semideuses e harpas,
teve lugar e começou:

-No castelo encantado de Zeus
haviam fulgurantes belezas:
- Cascatas, jardins, frutas e matas
e tudo mais que Ele próprio criou...

Tudo certo, em perfeita pauta,
ao som de liras e flautas,
divino como oração...
Mas lhe faltava o toque humano do canto
e a cadência da percussão.

Eis que sua filha Moria,
entre inúmeras estrepolias,
convidou toda população
prá subir as escadarias
e tentar mudar a entonação.

Como deusa da Loucura -
linda formosa e pura -
se propôs levar pela mão,
o som de todas as raças
para invadir o olímpico salão...

E em meio flautas e naipes de harpas
que solavam o velho e surrado cantochão,
eis que surge um surdo, um tamborim, uma maraca
que marcados pelos quadris da mulata,
causaram verdadeira sensação.

Zeus ficou encantado
com tamanha empolgação,
desceu do trono dourado
e se misturou ao povão
dançando com bom requebrado
o samba que estava sendo puxado
por Zaqueu - ancestral de Jamelão
e assim dizia no refrão:

- "O Olimpo é casa dos deuses,
cheia de festas... É natural !
Tem recitais, danças, banquetes
e, a partir de agora, CARNAVAL" !

...E na Hélade, no cume do Olimpo,
lá bem pertinho do sol,
Dionísio, Tália e Moria,
vestiram-se com fantasias,
oficializaram a folia
e perpetuaram o Carnaval.

Isso é bom e não faz mal !
Lelê, lelê, legal !

                                      Camboínhas, primavera/2013 


Comentar:
 
 
Waulena d'Oliveira Silva em 1 dezembro 2013 às 23:56


Li com pressa, a pressa de querer ver o final, de perceber por inteiro o enredo genial.
Parabéns !
Wau
Hildebrando Souza Menezes Filho em 1 dezembro 2013 às 21:13


Da dedicatória ao samba enredo uma perfeição só
digna de representar a nata da poesia, da música,
da magia e da criatividade sadia. Meu efusivo abraço
de parabéns por tamanha obra de arte poeta mágico.
  Sílvia Mota em 1 dezembro 2013 às 15:56


Uauuuuuuuuuuuu! E que haja samba no pé à altura dos teus versos, porque teu Samba Enredo é digno da morada dos deuses. Parabéns! Beijosssssssssssss
  Marcia Portella em 1 dezembro 2013 às 9:09 
 

Paolo,deve ser maravilhoso fazer parte de um bloco..A letra do samba é dos "Deuses"..Haja samba no pé.!.... Obrigada por esse momento...
  Mônica do S Nunes Pamplona em 1 dezembro 2013 às 4:51 
 

Segurando-me aqui pra não sair sambando.  rrsrrsrs
Que delícia Paolo.
Se depender da letra esse Samba Enredo já ganhou.
No quesito criatividade, nota 1000. Sem tirar e nem por.
Agradeço pela esplêndida partilha amigo poeta.
Bjssssss
 Valdomiro Da Costa em 1 dezembro 2013 às 2:07 
 

Espetacularrrrrrrrrrrrrrr amigo Paolo, adorei parabéns. Abraços e felicidades
  Lúcia Cláudia Gama Oliveira em 30 novembro 2013 às 23:42


Que beleza!  Encantada com a obra... Gosto muito de ti.
Parabéns mestre.
Obrigada por partilhar.
Beijos
  Mariangela Nunes Pamplona em 30 novembro 2013 às 23:07


Maravilhoso!! Um poema que dava para ouvir todos os instrumentos citados!! Adorei querido!Parabéns!

domingo, 17 de novembro de 2013

PEDIDO


Vem...
Dispa-se, entenda,
dei-me a mão,
cale-se, sinta o coração,
acerte o passo ao compasso,
ligue-se à canção,
entenda os fatos,
dispense atos,
viva a emoção !

A vida são apenas lapsos
de tempo e de ação,
ao acaso e sem explicação.

Vem...
Compartilhe, se inunde
deste azul que confunde
e expõe o absurdo do belo;
Neste verde que nos abraça,
perfuma e expõe com graça
o carinho leve, singelo.

A vida é feita de momentos;
Vive-los é o projeto, o intento;
Aprecie-os ao sabor dos ventos !

Vem...
Liberte-se do passado,
esqueça-se de tudo,
lambuze-se e saia do escuro;
Chute o balde, pise no alagado,
experimente, destaque-se,
gire, afogue-se no imaginado.

A vida é como um carro -
não anda com pneu furado !

Vem...
Tudo pode, sem exceção,
quando puro ou com emoção,
desarme o mundo, vá fundo,
experimente a sensação...

A liberdade é doce,
é o que gostaríamos que fosse
e não tem contra-indicação.

Vem... Dei-me a mão.
                                        
                 Piratininga - Novembro/2013

OS SEIOS DA DORINHA


Ah... Os seios da Dorinha !
Bem armados, proporcionais, delicados,
ofegantes de ardor, intencionados.
Pomos arfantes, empinados.

Ah... Os seios da Dorinha !
Travesseiros de plumas, macios,
pontiagudos, sem desvios,
arrogantes em seus desafios.

Ah... Os seios da Dorinha !
Guardam um desejo latente
de se exibirem, tão somente,
e provocarem mitos inconscientes.

Ah... Os seios da Dorinha !
Dão arrepios na gente.

ALTA COSTURA



Sinto-me lesado por um sentimento claro;
Direcionado, mas não entendido pelo alvo errado...

Assim sofro em meu egoísmo sádico,
meu ego ferido, machucado, meu humor trágico.

A vida é um novelo a ser desenrolado;
Há pontas e nós perdidos, embaralhados...

Nos cabe acha-los, tecer, formatiza-los
em meio picadelas de agulhas
e moldes complexos de alta costura.
                           Piratininga - Novembro de 2013.

sábado, 12 de outubro de 2013

MEU TEMPO



Sou do tempo de "dar um tempo";
De pensar, mostrar intento;
Buscar ideias, conhecer culturas por exemplo...
 
Sou dum tempo de grandes mudanças:
- Aldeia global, satélites, estranhas alianças.
Menos parâmetros mas, muita, muita esperança...
 
Sou dum tempo, ora Jurássico,
quando leituras de livros clássicos
não era snobe, mas básico.
 
Sou dum tempo de cabelos longos,
roupas coloridas e magrinhos com olhares sonâmbulos,
quando a falta de grana, incentivava escambos.
 
Sou do tempo do "paz e amor",
dos psicodélicos alucinógenos, da cor,
do "proibido proibir" e passeatas contra o horror...
 
Sou dum tempo já passado,
que se foi e foi engraçado;
Deixou saudades mas é pouco estudado...
 
Sou dum tempo que deu um tempo,
mostrou intento
e não se mostra a contento...
 
Falo sério, não invento... PAZ E AMOR !

                                                                          
                                 Piratininga - Primavera/2013

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

A ESCOLHIDA



Porque foste a escolhida ,
sem culpa ou razão, pura desdita ,
faço-lhe  versos, a imagino amante,
musa preferida...
 
Sua imagem delirante –
sonho dos sonhos, doce bacante -,
geram-me desejos extravagantes
em minhas noites mal dormidas.
 
Por vezes a imagino doce,
aconchegante, submissa;
Outras,  a faço louca,
Messalina sem premissas...
 
E assim vou vivendo satisfeito,
tendo-a na imaginação e no leito,
absolutamente perfeita, sem defeitos.
 
Garanto que não sou louco
ou uma ameaça, tampouco...
Sou apenas um velho fauno
com imaginação seletiva,
que ainda escreve versos eróticos
como sempre o fez, por toda vida.
 
                                                                             
                                           Piratininga – Primavera/2013


Comentários:

Comentário de Lais Maria Muller Moreira

            Escolher é o decidir e quando o ser faz isto sozinho pode estar acompanhado de querer     prevalecer. Um velho fauno é um componente bem imaginário! Beijo.

Comentário de RZorpa            
 
 "Virtualmente" interventivo... Uma profundidade que o "ar" leve do poema não esconde... O ser humano transforma-se... Preocupante?... Talvez... Um poema com a marca "Paolo Lim"!
 
Comentário de Hildebrando Souza Menezes Filho 
 
            Ela é toda linda e merecedora destes teus sedutores versos.
 Gostei da língua, do cabelo, da pele, das roupas, enfim acendeu
 a minha libido e incendiou-me de emoção essa tua diva inspiradora...
 Com total "falta de respeito"... Acho que o amigo poeta deve sempre
 nos contemplar mais com homenagens de tanto bom gosto.
 
Comentário de Zélia Mendonça Chamusca 
 
            Giríssimo  e jovial poema!
  Claro com uma Musa destas tinha que haver muita inspiração e criatividade!
  Parabéns Poeta Paolo Lim!
   ZCH
 
Comentário de Maria das Graças Araújo Campos            
 
Parabéns, poeta! Belos versos, sonhos dos sonhos, não há loucura! Beleza e poesia pura! 
Beijossssssssss
 
Comentário de Valdomiro Da Costa            
 
Lindíssimo poema amigo Paolo, adorei parabéns. Abraços e felicidade

Reflexões ao ritmo da mente nº 146

terça-feira, 27 de agosto de 2013

POEMA ZANGADO, COM QUADRAS, QUADRADO !



-" Doar, quando é fácil negar"...
Conviver com a certeza do não.
Sonhar e não querer enxergar,
comer as migalhas do pão...

Cantar, ao invés de gritar,
compor e ofertar a canção,
sorrir, ao invés de intrigar
e seguir a estender-lhe a mão...

Sofrer por tentar ensinar,
olhar e provar emoção;
Sangrar ao ouvi-la negar,
e seguir ofertando o perdão.  
 
E amanhã, quando o sonho apagar,
e cessar esta longa aflição,
você será capaz de aceitar
a pureza da minha razão.
 
Então, no infinito estelar;
Perdida na mais nobre emoção,
uma luz lhe há de brilhar,
com a forma do meu coração...
 
E assim você vai pensar
o mundo com mais compaixão
e entender que o verbo amar,
supera tudo, menos um NÃO ...
                                                  Casa branca... Piratininga.
                                                        Inverno/2013

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

CARÊNCIA



Falta o canto, o brilho,
a barba do andarilho,
as missangas, as bugigangas,
as floridas cangas,... 
A moça de espartilho,
a sandália de pneu,
os anéis de cobre,
o ar de pobre
e o verso que se nasceu
por uma onda
ou simples camélia que morreu.

Falta o sonho, a fossa,
a incrível bossa,
a esperança que na roça
a felicidade se escondeu...
O abraço apertado,
o sorriso bolado
e o tempo que ao tempo se deu.

Você e eu...
Falta !
                                                            
                            Piratininga, meia-noite,
                    não é hoje e nem chega ser amanhã.
                                Inverno/2013
 
Comentar
                                                        
Comentário de REGINA DA CONCEIÇAO MADEIRA GODA            
              
              AMIGO PAOLO, UMA LINDA E SENSÍVEL OBRA. GOSTEI DEMAIS. ABRAÇOS CARINHOSOS