Você que me lê, imagina,
que sou destes versos único autor;
que são minhas as dores que cantam,
sejam de abandono, saudades ou amor...
Mas, os elaborei, tão somente...
Dores que por ventura trazem,
não são as mesmas em ti presentes,
que são apenas tuas, evidentemente.
Senti-las por eles movidas
é o mistério das comunicações
que, em todas as artes se envolve
sem justificativas ou explicações.
Portanto parceiro leitor –
meu amigo, coautor -
sem limitações
celebremos ,
esta empreitada gerada,
acrescida, revelada
por casuais afinações.
Salve !
- Comentário de Zélia Mendonça Chamusca
- É verdade. Eu também estudei, em Filosofia que o saber, a ciência, a arte e, neste caso a arte poética não são, apenas, criação de um indivíduo, mas sim, resultado do conhecimento de toda a humanidade.
Isto, em sentido epistemológico porque quando eu sinto a poesia e a transporto para o papel ou para o PC, crio um poema e o divulgo pelos meios que me são acessíveis, esse ato é meu, é a minha sensibilidade, é o meu conhecimento, é a minha arte. Claro que a minha arte, a minha sensibilidade e o meu sentimento também são fruto de muitos fatores, endógenos e exógenos. Não me alongarei mais porque isto seria assunto para tese de doutoramento.
Sintesizando o que muito bem, e, com criatividade e beleza Paolo nos transmite em seu poema é a visão dele, a sensibilidade dele e a criatividade dele. Felicito-o pelo seu pensamento e sua arte poética!
ZCH
- Comentário de Hildebrando Souza Menezes Filho
- Permita-me o nobre escritor e autor PAOLO que concorde com o que está aqui expresso em tua "autoria"endossando com meu pensamento colocado em minha dissertação de mestrado sobre a questão da autoria...(...) "
(...)”Não há nada verdadeiramente novo! Todas as nossas expressões são resultados de milhares de expressões anteriormente registradas, culturalmente assimiladas e acessadas cotidianamente por milhares de pessoas, em pontos distintos.
A autora diz ainda que: “Quando dois astrônomos, em lugares diferentes, descobrem simultaneamente o mesmo cometa (Shoemaker-Levy, por exemplo), ambos acessaram pistas anteriores, fornecidas por toda a consciência acumulada ao longo da história do Universo.
(...) Mas age-se como se cada palavra ou gesto tivesse sido criado naquele exato momento! E o conjunto deles, intitulado “obra”, é um tesouro de individualidade egóica135 : “é meu”, “eu escrevi”, “eu descobri”, “eu inventei”, quando tudo isso é resultante de uma acumulação coletiva do conhecimento humano.
“Portanto, se alguma dessas idéias lhe interessa, use-a sem constrangimentos, porque, certamente, minhas também não são” (...). {197}. O grifo é deste autor.
- Comentário de Arlete Brasil Deretti Fernandes
- Pode ser a chamada Obra Aberta, como a chama Humberto Eco, e que pode acrescentar mais aspectos á medida que o leitor á interpreta.
Beijos,
Arlete.
- Comentário de Arlete Brasil Deretti Fernandes
- PAOLO. É uma verdade, as obras se intercalam assim como acontece com o que vai na alma de cada criatura.
É uma grande verdade.
Beijossssss
Arlete.
- Comentário de Marcia Portella
- Concordo plenamente com cada palavra escrita....As palavras brotam sacudindo ideias,surgindo versos que quase sempre não tem nada a ver com o estado de espírito do poeta...É muito interessante ver os comentários, e observar a maneira que cada um interpreta o que escrevemos acho isso.... mágico!.
Sua autoria foi perfeita ...
.Abraço
- Comentário de Sílvia Mota
- Os poetas traduzem sentimentos individuais que se relacionam/interagem com sentimentos coletivos, quiçá universais. O leitor oferece novas interpretações aos textos. Beijossssssssssssssssss
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