Nas entrelinhas e esquinas,
nos recôncavos das olheiras,
homens sublimam o erótico
e pensam exóticas besteiras
por prêços módicos
que lhes garantam a feira...
Nos caminhos organizados -
sistema imposto, legado -
cultuam hiprocrisias,
praticam vilanias,
escolhem o despótico
como melhor maneira...
Pensam comprar felicidades
em data pretérita, adiante,
como se fora verdura
ou qualquer fruta madura
vendida por comerciantes
em suas prateleiras...
Do menino puro, medroso;
após jovem estudioso,
faz-se profissional eficiente -
que explora e vende -,
num amadurecimento cioso
torna-se velho sem dentes,
terminando em cadáver mau cheiroso...
Sem verso, no reverso,
existem e existirão,
homens tolos, complexos,
amantes da exploração
no afã de possuírem
mais que lhes cabe às mãos...
Enquanto a tal felicidade
lhes passa de roldão,
pois apenas exige graça,
fraternidade,
num corpo com mente sábia,
alimentado e são.
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