quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
O TEMPO DO AMOR
O tempo do amor é imperfeito -
atraza,
adianta,
erra,
desencontra -
nega diferenças ao eleito
à quem exige perfeito,
sem defeitos ou vontades;
um eterno insatisfeito.
O tempo do amor é soberano -
sem condescendências,
com caprichos de tirano -
ordena datas,
horas exatas,
agrada contrariando.
O tempo do amor é loteria -
na sorte, alegrias;
se perder, resta o pranto -
pão, pão; queijo, queijo;
não tem hipocrisia.
O tempo do amor é irreversível -
não admite desperdício,
exige fidelidade -
e tem que ser bom
desde o início.
O tempo do amor é incomensurável -
pode ser por toda vida,
aliás o desejável,
ou do tipo descartável
após noite mal dormida.
...o tempo do amor é uma incógnita.
Casa Vermelha:2012
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Querido poeta Paolo.
ResponderExcluirGosto do teu poema, "o tempo do amor". É um tema que dá uma mensuração a esse tempo. E, por isso mesmo é interessante e romântico.
Parabéns!
Beijo.
Arlete