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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

MEU POETAR


 
Do Moderno eu tiro um gomo,
no Parnaso não tenho espaço,
ao Concreto peço ajuda,
pois não sei como é que faço.
Há Gongóricos e Neo-Clássicos,
por Românticos deito aplausos,
os Elegíacos são cáusticos,
Odes me lembram heróis fantásticos.
Alexandrinos são assépticos,
Clássicos, éticos;
Trovadores, muito safos.
Entre eles me coloco,
escolho o fóco,
miro o tema,
arrisco o poema -
a maioria rimado
que é do meu agrado -
e mando ver
para colher o resultado:
aceito ou rejeitado.
Filha de Moria,
a poesia
também é louca -
pode gerar engrisia
ou beijar o céu da boca;
me levar para o Olimpo
ou me impor a banca rota.
Poetar é pois um risco
e o poeta um infrator,
pois fala de sentimentos alheios,
preferencialmente de amor.
Tenho dito, meu senhor...

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