Não sei quanto tempo me resta
prá viver, aqui estar, aproveitar...
Acho que vou fazer uma festa,
durante este tempo indefinido,
e tão somente comemorar.
Vou sorrir prá todo mundo
e das tristezas, gargalhar;
Relacionar todos amigos -
os próximos e os sumidos -
e quem quiser participar.
Assar um imenso bolo
e um caminhão de vatapá;
Reunir meus adversários
e com eles confraternizar.
Aproximar minhas ex-amadas
para que possam conversar
sobre o tempo que estiveram
sob meu intenso gostar.
Dar um toque no segurança,
pedi-lo prá se chegar,
entrar na dança
sem com que se preocupar.
Se possível, voltar a ser criança,
pular, encher a pança,
até não mais aguentar.
Atrairei políticos falsos
para nossa comemoração.
Claro que virão ao encalso
dos numerosos votos,
e deitarão falação.
Os colocarei no meio da roda
para que exponham a cara de peroba
e caiam em contradição.
Convidarei prostitutas,
malandros e demais batutas,
para um cantinho privê.
Os deixarei à vontade,
na mais completa liberdade
e, o que acontecerá, vamos ver...
Buscarei um padre, um rabino,
um sacristão tocando sino,
um pastor em pregação...
A mãe de santo incorporada,
com todo séquito na parada,
na maior pulsação.
Um muçulmano fanático,
um xamã asiático,
um anglicano carismático,
para tentar conciliação.
Um monge zen
outro budista,
um espírita kardecista
e muita batida de limão.
Promoverei uma copa do copo
sem nenhum investimento,
oficial envolvimento,
desvios, regras ou imposições.
Apenas com craques
bons de levantamento,
especialistas em competições.
Farei um festival de canto
sem pompas ou televisão...
Onde todos tenham chances
de expor sua canção:
- Funk misturado ao samba,
raps sem empulhação,
valsas e até polcas,
axé, tangos sem noção...
Vou seduzir intelectuais
prum papo-cabeça legal.
Propor-lhes tema atuais
para que possam descarregar
suas diarreias cerebrais !
Para as oniscientes crianças
reservarei palco especial -
com plateia, cenário e iluminação...
Onde possam brincar à vontade,
nos ensinar sinceridade
e a pureza da emoção.
Por enquanto, acho que basta
pruma grande comemoração.
Se faltar, posso criar
mais uma ou outra atração.
Na verdade, o que pretendo
é festejar...
Viver sem pedir perdão;
Ser solidário, alegre, doar
e inteiramente refratário
a ter que dizer não.
Piratininga, maio/2014.
Comentários:
- Comentário de ZKfeliZK
- Paolo......Quero me juntar à sua festa"quebrar o pau da barraca"tomar 12 garrafas de águae ficar numa "puta ressaca"Convidar po li ti tico é mui fácilbasta acenar com a mão(mostrando que tem comi$$ão)Vou dançar com ua doce Prostitutavirando 'cambota' na cama em lutaVou fazer amor como castigoaté gastar meu umbigoVou ser a Criança que pulaDil ma vez e até pu Lula...Quero ver minhas concubinas(eu por baixo e elas por cima)Mas não quero nenhum sofregoconfesso - di amante negro -Vou cansar de dizer só nãopara todos os que outros simE aplaudir até fazer calos na mãoesse Poeta Menino Paolo Lim!!!...APLAUSOSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS!!!!!!!!!!!!...gaDs!
- Comentário de Zélia Mendonça Chamusca
- Comentário de Arlete Brasil Deretti Fernandes
- Muita criatividade na tua festa! Boa demais!
Interessantes todos os ítens.
Beijos.
- Comentário de SELDA MOREIRA KALIL
- A cada dia uma inspiração fenomenal...Demais PAOLO.
Vc realmente é um showwww
Parabéns amigo pela inteligência e criatividade
Meu abraço
- Comentário de Hildebrando Souza Menezes Filho
- Isso sim que pode-se considerar uma festa das festas arretada de boa sem falta nadica de nada, ate um caminhão de vatapá afff Maria bao dimais da conta haja criatividade desse poeta completo...
- Comentário de J. R. Messias 20 horas atrás
- Excluir comentário
Nem um expert como o Ricardo Amaral, conseguiria a proeza de realizar uma verdadeira festa como esta, completa e repleta.
- Comentário de Marcial Salaverry
- Simbora companheiro, vamos arrombar a festa...
Bagunçar é comigo mesmo...
Abraços solidários,
Marcial
- Comentário de Jorge Cortás Sader Filho
- Nunca li nada do Paolo que fosse "apenas razoável". Excelente sua expressão.
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