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terça-feira, 6 de maio de 2014

DOR MALVADA

Tenho no peito uma dor
que, antes de tudo, me comove...
Não consigo localiza-la,
quando chego perto, se move.

Estranha o diabo da dor !
Fiz exames, mil consultas;
Nem a "chapa a revelou
e os médicos, acham graça:
- "Foi você que a inventou" !

Besteira ou invenção,
ela existe, persiste e dói.
Quando menos espero, a sinto
e entro em seu labirinto.
Faço mandingas, afrouxo o cinto,
tomo remédios, até absinto
para ver se a destrói.

Mas outro dia, por acaso,
vi minha amada passar -
linda, leve, arrumada
em seu jeitinho de caminhar...

No mesmo instante a dor danada
veio logo se instalar;
Eu que não conseguia acha-la,
percebi que é dor de amar.

Casa Branca, Piratininga, maio/2014


Comentários:
Comentário de José Carlos Rodrigues 
 
Amigo Paolo. Essa dor aí não tem remédio e nem médico que a cure. Mas fique sossegado, se vc consegue brincar com ela é sinal que não vai morrer disso.
Comentário de Mônica do S Nunes Pamplona 
 
Dor danada essa.
Tem jeito não.
Bjssss
Comentário de Marcia Cristina B. N. Varricchio 
 
Adorei! Graciosa descrição! Parabéns.
Feliz daquele que além da alegria de, também viveu a dor de amar. Passar pela vida sem amar...Xiii...
Lembrei da música: "Não tem doutor que dê solução, não há um só remédio em toda medicina...Ela só quer, só pensa em namorar"
Beijos.
Comentário de Janete Francisco Sales Yoshinaga 
 
E dor de amar dói...e como dói!
Amei o seu poema!
Belo, brincalhão, que prende a atenção...
do começo ao fim...mil aplausos
Parabéns
Beijos
Comentário de Maria Iraci Leal 
 
É assim, o corpo se altera, a respiração ofega e o coração dói, eta dor gostosa, a de amar... Que poema lindo, demais, parabéns Paolo, bjs MIL.

2 comentários:

  1. Singela, delicada, bonita a sua poesia. Parabéns!

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  2. Querido poeta!
    Para dor de amor o remédio é amar!
    Belo poema.
    beijo,
    Arlete.

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