Minha loucura acena,
conta histórias, baila, faz poemas.
Veste-se de azul e tem bom gosto;
Usa jóias no pescoço;
Me acorda de madrugada
com cheiro de minha amada,
mistura café com pimenta,
me olha toda ciumenta...
Senão sorrio, esquenta !
Minha loucura tem olhos claros,
cílios longos e negros
que contrastam com o loiro dos cabelos.
Embora não muito alta,
charme não lhe falta.
Minha loucura é linda -
pela manhã ou quando o dia finda -
tem cintura fina e largos omoplatas,
sorriso de marfim e unhas de prata.
Minha loucura é uma criança.
Anda de patins e cavalga esperanças,
me aquece com amor e danças;
Me acusa do que não fiz,
adora licor de cassis,
papos de anjo, fios d'ouro,
dança do ventre e me chamar de mouro.
Minha loucura é o meu tesouro !
Camboínhas. Outono de 2014.
Comentários:
- Comentário de Waulena d'Oliveira Silva
- Paolo, teu estilo se torna mais inconfundível a cada dia !
É leve e arisco, foge das regras. Encanta e diverte. Especula, intriga. Canta.
Parabéns Poeta !
Bjs Wau
- Comentário de Maria Iraci Leal
- QUE BELÍSSIMA LOUCURA, BELÍSSIMO POEMA, PARABÉNS POETA, BJS MIL.
- Comentário de Janete Francisco Sales Yoshinaga
- Um poema bem desenhado, que prende a atenção o tempo todo!
Parabéns pelas linhas deslumbrantes, estou encantada!
Beijos
- Comentário de Enide Santos
- Eu adoro ler poesia com um riso de canto, um riso de pura admiração, obrigada por está sensação!
- Comentário de Marcial Salaverry
- Essa é a verdadeira Elegia à Loucura...
Uma loucura como essa, é a mais doce loucura que pode nos acometer...
Abraços poetoparabenizatorios caro poetamigo,
Marcial
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