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sexta-feira, 18 de abril de 2014

A HORA É ESSA


Eu penso que é chegada a hora
de entender o que eu sou;
Me olhar de frente,
regurgitar minha semente,
sentir meu corpo - Não estou oco!
Dissecar meu rosto,
encarar a morte,
desafiar a sorte,
buscar um norte decente.

Eu acho que é chegada a hora
de me expor sem censura,
acabar com a ditadura,
buscar a fruta madura,
saber do ovo ou da galinha,
desmitificar as entrelinhas,
o que não sei, deixar prá lá,
o que foi, não mais será.
A Via Láctea é imensa
e isso não faz diferença
na conjugação do verbo amar.

A hora é essa e lá vou eu,
para encontrar o que é meu,
provar as cores do mundo,
tentar gosar lá no fundo
os mistérios da poesia
que como Rimbaud nos dizia
"é uma grande maldição"
e Vinicius o contradiria
ao escrever uma canção:
-"A vida é arte de encontros;
Não apenas um, mas tantos" !

Portanto: - Lá vou eu !

                                Camboínhas - Abril 2014


Comentários:

Comentário de Mariangela Nunes Pamplona 
 
Um poema maravilhoso como sempre!!! É a hora certa de se se olhar de frente e ver se existe algo diferente!! Muito,muito bom!
Beijossss
Comentário de Waulena d'Oliveira Silva 
 
Chega uma hora em que devemos romper as amarras de tudo e sermos apenas nós mesmos, o que queremos ser...
BRAVO !!!!
Adorei mais este, Poeta !
Bjs. Wau
Comentário de Enide Santos 
 
É a hora certa assim que é tomada a decisão. maravilha amigo! Bjskss

Um comentário:

  1. Rsrs.... Incrivelmente tua cara... A hora de encarar o espelho, e ver que nem mesmo ele conhece tua essência... Um ser humano novo desconhecido (ou adormecido) que por falta de coragem ou de medo, nunca nos permitidos ser... Lindo querido... Teu talento inebria... Bjs azuis

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