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quarta-feira, 15 de julho de 2015

OCEÂNICO

Neste braço que te abraça,
puxa, levanta e nada,
entre ondas em ressaca,
caldos e engasgadas,
correntezas e pancadas,
lhe oferecendo morada,
calmarias e plácidas águas...
Neste momento de pavor,
entre a morte e o amor,
luta ferrenha pela vida,
que te confesso, querida,
o que és, sem saber ainda...
Contigo em meus braços,
por desejo do acaso,
nesta situação aflita
entre o afogamento e a vida,
envoltos na cor azul, fluída,
em meio ao mar revolto -
desconsertante geografia
que venceremos, por suposto
e, após todo um esforço titânico,
poderei declarar-te meu amor oceânico.
                           Julho/2015

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