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sábado, 19 de julho de 2014

INTRUSOS



Versos intrusos, sem convite,
sentaram-se à mesa com acinte,
serviram-se fartamente, falaram alto
como se estivessem num palco,
provaram canapés e vinhos,
fizeram pose...

 
Versos intensos, meio ladinos -
ora livres, brancos, ora alexandrinos -,
num poema surreal,
triste e absurdo, hiperbólico, factual,
misturando mazelas e dores
distorcidas nas cores,
sentimental.

 
E eu ali, absorto,
contemplando o alvoroço
criado a revelia,
por aquela poesia
que se impunha sem licença,
expondo com indiferença,
sem forças para reagir,
me deixando levar, ir.
Coisas de poeta.


                                            Julho/2014
                                           Bay Market



Comentários:
Comentário de Waulena d'Oliveira Silva 
 
Tens uma maneira criativa de expressar as inquietações criativas, maneira essa que se apresenta como digitais...
Parabéns.
Bjs Wau
Comentário de Lais Maria Muller Moreira 
 
Versos inquietos de nós saltam como uma imposição
Ser poeta é assim!
beijo
Comentário de Janete Francisco Sales Yoshinaga 
 
Um belo poema encanta quem o lê...
E este, que é coisas de poeta, encantou meu coração!
Meus parabéns por esta perfeição, deixe sempre solto este brilho sublime
que há dentro de si...para nos encantar!
Um dia de paz
Beijos

Um comentário:

  1. Jeitinho ímpar e marcante de colocar sua arte, dentro de nós. Teus versos entram pelos olhos e escapam pelo sorriso. Beijos azuis

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