Versos intrusos, sem convite,
sentaram-se à mesa com acinte,
serviram-se fartamente, falaram alto
como se estivessem num palco,
provaram canapés e vinhos,
fizeram pose...
Versos intensos, meio ladinos -
ora livres, brancos, ora alexandrinos -,
num poema surreal,
triste e absurdo, hiperbólico, factual,
misturando mazelas e dores
distorcidas nas cores,
sentimental.
E eu ali, absorto,
contemplando o alvoroço
criado a revelia,
por aquela poesia
que se impunha sem licença,
expondo com indiferença,
sem forças para reagir,
me deixando levar, ir.
Coisas de poeta.
Julho/2014
Bay Market
- Comentário de Waulena d'Oliveira Silva
- Tens uma maneira criativa de expressar as inquietações criativas, maneira essa que se apresenta como digitais...
Parabéns.
Bjs Wau
- Comentário de Lais Maria Muller Moreira
- Versos inquietos de nós saltam como uma imposição
Ser poeta é assim!
beijo
- Comentário de Janete Francisco Sales Yoshinaga
- Um belo poema encanta quem o lê...
E este, que é coisas de poeta, encantou meu coração!
Meus parabéns por esta perfeição, deixe sempre solto este brilho sublime
que há dentro de si...para nos encantar!
Um dia de paz
Beijos
Jeitinho ímpar e marcante de colocar sua arte, dentro de nós. Teus versos entram pelos olhos e escapam pelo sorriso. Beijos azuis
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