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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

CARÊNCIA



Falta o canto, o brilho,
a barba do andarilho,
as missangas, as bugigangas,
as floridas cangas,... 
A moça de espartilho,
a sandália de pneu,
os anéis de cobre,
o ar de pobre
e o verso que se nasceu
por uma onda
ou simples camélia que morreu.

Falta o sonho, a fossa,
a incrível bossa,
a esperança que na roça
a felicidade se escondeu...
O abraço apertado,
o sorriso bolado
e o tempo que ao tempo se deu.

Você e eu...
Falta !
                                                            
                            Piratininga, meia-noite,
                    não é hoje e nem chega ser amanhã.
                                Inverno/2013
 
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Comentário de REGINA DA CONCEIÇAO MADEIRA GODA            
              
              AMIGO PAOLO, UMA LINDA E SENSÍVEL OBRA. GOSTEI DEMAIS. ABRAÇOS CARINHOSOS

Um comentário:

  1. Amei o lirismo realista deste poema, que traz-me à lembrança como numa pintura, uma época:

    "Falta o canto, o brilho,
    a barba do andarilho,
    as missangas, as bugigangas,
    as floridas cangas,...
    A moça de espartilho,
    a sandália de pneu,
    os anéis de cobre,
    o ar de pobre
    e o verso que se nasceu
    por uma onda
    ou simples camélia que morreu."

    É um amor bem caracterizado, e que mostra no hoje a ausência sentida:

    "Falta o sonho, a fossa,
    a incrível bossa,
    a esperança que na roça
    a felicidade se escondeu...
    O abraço apertado,
    o sorriso bolado
    e o tempo que ao tempo se deu.

    Você e eu...
    Falta ! "

    Parabéns, por tão lindo poema!
    Beijo, Arlete.

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