
terça-feira, 18 de junho de 2013
domingo, 16 de junho de 2013
PARA VOCÊ
Te amo...
Pelo teu jeito inconsequente,
alienado, inocente
de querer me aconselhar.
Te amo...
Por símbolos inconscientes,
arquétipos dementes
que insistem aflorar.
Te amo...
Pelas fantasias que crias,
teu mundo de alegrias
com o meu a contrastar.
Te amo...
Pela noite, no dia,
na explosão de tolas manias
que persistes apresentar.
Te amo...
Nas soluções criativas
de problemas que a vida
nos obriga vivenciar.
Meu amor de vida toda...
Te amo de domingo à domingo...
E nem mesmo o tempo -
inexoravelmente fluindo -
ousa atrapalhar.
Te amo...
Na quietude da tristeza,
na magia do luar.
Te amo inteira,
sem nada a consertar
quarta-feira, 5 de junho de 2013
MEUS TEMORES
Tenho medo do Claro, do Escuro e do Paraíso.
Não, não perdi o juízo...
Há razões, e as conto, vez que acho que é preciso:
- O Claro, clareia, é claro...
Unânime, doce, fácil de aceitar.
Mas se nos desarma e faz vulneráveis,
não será capaz de apunhalar?
Quem curtir verá.
Já o escuro – disconjuro – é de amargar !
Não se traduz ou mostra, nos obriga tatear
completamente mudos
e fáceis de dominar.
Com que fim será?
E o Paraíso?
Xiiiiiiii ! Acho que vou contrariar:
- Este me provoca riso, ao invés de ansiar !
Trata-se dum grande mico –
juro que acredito -
e nem quero ir prá lá...
Temo apenas por amigos
que insistem acreditar
neste tal de Paraíso,
que após o final juízo,
eles vão poder gozar...
Compram e pagam por isso,
valores que vão lhes faltar,
à pessoas sem compromissos,
cheias de casos omissos,
que os levam a crer e doar,
para obras prá lá de escusas,
opulentas, verdadeiras musas,
prostíbulos que os fazem enricar,
tornarem-se poderosos
por caminhos duvidosos,
cafetinando e fazendo orar.
Também sou filho de Deus,
embora me tenham entre ateus
por não ser um dos plebeus
que possam manipular
com esta história de Paraíso,
pecado e falta de juízo,
pela qual buscam faturar
vendendo terrenos fictícios,
com argumentos ilícitos,
sem terem, onde e como, escriturar.
Por favor, parem com isso ! –
É de enojar...
Jesus Cristo, a Biblia mostra,
foi de muito pouco falar –
disseram após, que Êle muito disse,
entretanto, sem conseguirem provar...
Bastou-Lhe o Sermão da Montanha
- “OLHAI OS LÍRIOS NO CAMPO... -,
para nos ensinar:
- O Paraíso é aqui e de graça...
E não há nada à pagar!
Presente do Pai,
basta viver, sorrir, chorar e amar !
Casa branca. Piratininga.
junho/2013
Comentar:
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Comentário de Vera Regina Cazaubon
- Querido Poeta, verdades são para ser propagadas aos quatro ventos. O que aqui li retrata a trajetória de quem usa de seu poder mental para iludir o semelhante O Universo está minado de anti-cristos e lotado por seres que desconhecem sua potencialidade e necessitam de uma bengala psicológica para caminhar. Meus aplausos e parabéns. Beijokas de boa noite
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Comentário de Marcia Portella
-
- Paolo amei! concordo com cada apalavra escrita..Um texto que gostaria de ter escrito mas.. foi ótimo te ler ...
-
Comentário de Lais Maria Muller Moreira
- Temer o que se desconhece é sentença inconteste Tudo o que nos é desconhecido receio causa se o ser se aliena
- beijo
-
Comentário de LUCIA DE FATIMA GUEDES (Lufague)
- Um mergulho nos mistérios da nossa misteriosa existência,sem doutrinas e ou falta de crenças.Belo na forma e conteúdo.
Carinho, Lu
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Comentário de Arlete Brasil Deretti Fernandes
BEM ORIGINAL TEU POEMA, PAOLO.
Nele, trazes questionamentos e afirmações ótimas e interessantes!
Muito bom!
Beijossss
Arlete.
Nele, trazes questionamentos e afirmações ótimas e interessantes!
Muito bom!
Beijossss
Arlete.
sexta-feira, 31 de maio de 2013
SAUDADE
Há em meu peito um poema engasgado; Bulindo, urdindo, gestando, cantando, querendo nascer; Provocando meu pranto, escancarando meu riso, me tirando o juízo sem que saiba porque...
Há em meu peito alguns versos escondidos, falando aos ouvidos, para que eu possa entender, sobre amores desfeitos, grandes feitos, aventuras, defeitos, odes ao amanhecer.
Há em meu peito uma canção de esperança, tal qual em criança eu pude ter ; São cantigas de roda: - “Atirei o pau no gato; Unidunitê, salamê mínguê”...
O que faço eu? Deixo nascer? - É, vamos ver!
...Mas a bem da verdade, o intitularei SAUDADE, para você o ler.
Comentar:
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Comentário de Marcia Portella
- Paolo,essa é a saudade desinquieta que mora em todos nós..É muito bom te ler...
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Comentário de Geraldo Coelho Zacarias
- Meu DEUS!...
- Raríssima inspiração;lindo
o teu poema;meus aplausos;abçs. -
Comentário de Hildebrando Souza Menezes Filho
- Ah! Grande, talentoso e refinado poeta Paolo... sabes ir à essência da saudade e lapidar palavras que a desnudam e a colocam face a face conosco. Sabes como bom artista das letras e dos sentimentos captar a alma da poesia que passa distraída pulando amarelinha ou esvoaçando nos cabelos da menina. A leitura que fazes da vida por si só já nos encanta e quando resolves escrever teu laudo poético então nos comove porque és um hábil intérprete da beleza, da estética, da pureza que ainda existe lá no íntimo das coisas e das pessoas. Sois um poeta magnífico que a todos devemos render nossas reverências pela tua excelência em ser como pessoa e artífice das bem lapidadas palavras que transferes aos poemas que escreves.
-
Comentário de Vilma Orzari Piva
- Olá Paolo, você, poeta, sempre atento aos versos que nascem de teu peito, não tem como impedir esse nascimento, todos eles virão à tona, saudáveis e lindos!! Parabéns!! Beijos!
-
Comentário de Arlete Brasil Deretti Fernandes
- Olá, Paolo!
- Belo e original poema!
Beijos
Arlete
quinta-feira, 9 de maio de 2013
SEQUENCIAL
Entre o ato, o fato e o relato
há um hiato - o TEMPO.
Após a dor, o ardor e o torpor...
O curador, o TEMPO.
Histórias, glórias, vitórias;
Memórias do TEMPO.
Remorsos, destroços e percalços;
Ossos do TEMPO.
Entender, temer e perceber;
Uma questão de TEMPO -
implacável, desejável, a contento.
Casa branca, Piratininga. Outono de 2013
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