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quarta-feira, 30 de abril de 2014

HISTÓRIA


Mentirosa, quase sempre, é a história...

Quem a escreve, venceu !

Exige páginas de glórias,

não importa o que se deu.


Nos anais - similarmente escatológicos -

desta dama ilusionista,

penetram "expoentes" sem propósitos,

fatos falsos, interpretações "sinistras".


Mudam datas, criam realidades,

heróis canalhas, delinquentes

que entram para a posteridade

mas, investigados, se desmentem.


História Oficial, escrita para elites

com complacência e engodos,

que tripudia sobre inteligências

pois jamais cita o heróico povo.


Bandidos que nomeiam avenidas,

espalham monumentos e estátuas descabidas

dos seus heróis de ficção

podres, sem louvores ou expressão.


História seria um processo em andamento

que exige contraditório - defesa x acusação -

caso contrário, seu julgamento

vira pura empulhação.


                                  Camboínhas, 29.04.2014

Comentários:


Comentário de Enide Santos 
 
Excelente trabalho parabéns!
Comentário de Maria Iraci Leal
 
MARAVILHOSO PAOLO, FAZ A HISTÓRIA QUEM VENCE...PARABÉNS BJS MIL.
Comentário de Waulena d'Oliveira Silva 
 
Muito bom Poeta !
Faz a história quem vence  -  em todos os sentidos...
Bjs. Wau
Comentário de Arlete Brasil Deretti Fernandes 
 
Parabéns!
Veio de encontro ao meu pensamento.
Beijossssss
Comentário de Lúcia Cláudia Gama Oliveira 
 
                                                                    Agradeço a leitura!
Beijos
Comentário de Sílvia Mota 
 
Com raríssimas exceções, é isso mesmo! Beijosssssssssssss

terça-feira, 29 de abril de 2014

VOZ DO POVO

Poetas do cotidiano,
ao modo dos repentistas,
arriscam-se versejando
sobre fatos, recados e notícias...


Contam "causos" rimados -
uns tristes, outros engraçados -
acontecências em cadência,
mexericos apurados.


Seriam menores ? Menos nobres ?
Estariam fora do contexto
por não obrarem temas snobs
ou sintaxe culta nos seus textos ?


Não acho, não desfaço, aplaudo;
Não critico, desprezo ou torço o nariz.
Acho que ganham respaldo
na linguagem de raiz.


Dominam o que o povão gosta,
expõem os temas que são seus...
Acho que isso muito importa
porque, dizem, a voz do povo é a voz de Deus.

                                             
                               Comboínhas, 29.04.2014



Comentários:
 
Comentário de Lais Maria Muller Moreira 
 
Cantores populares em repentes suntuosos fazem o povo mais contente e o poeta também!
Belo encontro!
beijo
Comentário de José Carlos Rodrigues 
 
Excelente Paolo. A voz do povo é mesmo a voz de Deus. Mas é preciso ser um poeta para dizer isso com tanta classe como vc fez.
Comentário de Eduardo Eugênio Batista 
 
Adoro os repentistas. São espécimes raras da verdadeira poética nacional. Foram deles e, assim sempre será, as nossas mais dignas inspirações. Bela postagem. Abçs.
Comentário de SELDA MOREIRA KALIL 
 
BRAVOOO PAOLO....APLAUSOS A ESTE POVO  QUE CANTAM SUAS ALMAS E CONSEGUEM AGRADAR....A VOZ DO POVO É A VOZ DE DEUS
ABRAÇOS QUERIDO AMIGO
Comentário de Marcia Portella 
 
Gostei do texto...Tem cheiro de terra e pé no chão...Abraço
Comentário de Maria Iraci Leal 
 
Magnífico, aplaudo de pé!
A voz do povo é voz de Deus
e a do poeta também!
Querido poeta Paolo, parabéns,
bjs MIL.
Comentário de Maria Madalena de Jesus Gomes 
 
Muito bom amigo! Parabéns!
Comentário de Sílvia Mota 
 
Aplaudo, também! És excelente, como sempre! Beijossssssssss
Comentário de ROSEMARIE PARRA 
 
Comentário de Waulena d'Oliveira Silva 
 
Muito bom , Amigo Paolo !!
Gosto demais desse teu versejar !
Bjks. Wau

segunda-feira, 28 de abril de 2014

PROPOSTA

Propus uma "história",
totalmente pura, original,
repleta de intejeições
e sem ponto final.


 Perpetuei uma Ode
enaltecendo aventuras,
viajando por sentimentos
isentos de amarguras.


Sugeri um mundo novo -
para agora, não depois -
com projeto majestoso,
elaborado, vivenciado a dois.


Por início ofereci-lhe uma flor -
não havia melhor ocasião -
como prova de amor,
simbolizando meu coração.


Tracei linhas na lousa
com todas cores de gis,
sugerindo muitas coisas...
Que pena ! Você não quis.


                                  Piratininga, abril/2014


Comentar:


Comentário de Sílvia Mota 
 
Teus poemas são doçuras poéticas singulares. Parabéns! Beijossssssssss
Comentário de SELDA MOREIRA KALIL 
 
Objetividade ,maestria  e bom gosto em suas linhas
Perfeito !!!!  lindo
Parabéns Paolo
Meu abraço
Comentário de Zélia Mendonça Chamusca 
 
Oh! Que pena... não quis...
Sempre original este  grande poeta Paolo Lim!
ZCH

Comentário de José Carlos Rodrigues 
 
Leve, solto e conclusivo. Rapaz, vc é bom mesmo! Porque eu ia dizer isso de uma forma completamente trágica kkkkk
Comentário de Lais Maria Muller Moreira 
 
O que se quer de fato?
Talvez apenas ser feliz ao lado de alguém
O que se deseja nem sempre se alcança mas a vida sabiamente nos apresenta alternativas outras que se fazem tantas
Talvez até bem mais favorecidas e nem por isto deixaremos de agradecer a vida
Bela montagem de um idílio amoroso desfeito
Parabéns poeta!
beijo
Comentário de Mônica do S Nunes Pamplona 
 
Cabe a cada Proposta. O sabor de uma resposta.
Felizmente o poeta se prevalece da poesia.
Encantadora composição Paolo.
Bravossss
Bjssss
Comentário de Marcial Salaverry 
 
Uma proposta que ela deveria ter considerado, e se a resposta à tua proposta foi um
"não quero", poderia ter sido "não, quero..."
Abraços poetoparabenizatorios,
Marcial

domingo, 27 de abril de 2014

EU


Sou construído por ausências,

carrego inúmeras saudades,

um baú de reminiscências

que provocam ansiedades,

algumas melancolias

que exigem poesias,

no meu andar pela cidade.


O sorriso que não dispenso,

busca respostas, avarento,

embora triste, resignado,

acho que seja a contento

aos que o vêm por momentos,

pois nunca foi rejeitado.


Fui feito assim e assim criado

- comunicativo, triste, meio enrolado -,

não importa a ordem ou explicação.

Minhas faltas ou ditas ausências,

mesmo angústias mais excêntricas

e manifestas nos poemas

são vozes do coração.


Canta-las me faz necessário

e obedeço com contrição.

Me esforço como um secretário

em cumprimento de missão.

A vida me agradece,

sorri e enaltece

como se fora canção.


Sou feliz ao meu modo

desprovido de ambição...

Acho que tudo me cai ao colo

por esta minha atuação

que, embora simplista, é um solo

da mais pura emoção.


                                   Comboínhas, abril/2014.

Comentários:
 
Comentário de Sílvia Mota 
 
Uauuuuuuuuuuuu! Belo autorretrato poético! Parabéns! Beijosssssssssssss
Comentário de SELDA MOREIRA KALIL 
 
Como sempre dado um show em suas inteligentes inspirações
Parabéns Paolo.....Gde abraço
Comentário de Lais Maria Muller Moreira 
 
Autodefinição crítica e conscienciosa que nos leva à reflexão
Por que não sermos sectários de nós mesmos?
Se as esperanças ainda aí residem por que não seguirmos os nossos próprios destinos baseados em intuição?
As vias que se passam coloridas são encontros garridas da alma do poeta consigo mesmo!
Belo poema em autodefinição!
Deveras difícil arte de ser exercer!
beijo
Comentário de José Carlos Rodrigues 
 
Paolo, quer respostas? Sei que não é novidade, mas quer saber? Vc nasceu poeta. CIaro que isso tem um peso, mas é uma dádiva que traz muitas alegrias.
Comentário de Waulena d'Oliveira Silva 
 
" Sou construído por ausências,
carrego inúmeras saudades,
... que exigem poesias,
no meu andar pela cidade.
... que, embora simplista, é um solo
da mais pura emoção.  "
Destaco alguns versos encantadores...
Tua descrição lhe cai bem. De leve humor mas com seriedade.
Parabéns Paolo !
Bjs Wau
Comentário de Arlete Brasil Deretti Fernandes 
 
Paolo.
Belo auto retrato. Parece-me bastante sincero, como o teu simpático sorriso e as vozes de teu coração que sempre se pronunciam muito bem em teus poemas.
Parabéns!
Beijosssss
Comentário de Enide Santos
 
Ouvir-se, sentir-se, sê.
Lido e muito apreciado!
Comentário de Mônica do S Nunes Pamplona 
 
Aeeeeeeeeee   Paolo.
Um excelente auto retrato do próprio interior.
Tinhas mesmo que ser poeta.
Bjssss   no coração.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

AMIGOS

A origem do medo, é segredo

pessoal e escondida com zelo.

Fingimos ignora-la, não tê-lo.


É virtuoso não porta-lo

e, como o temos, escondê-lo.

-Destemido é o modelo !


Modernos humanos e idiossincrasias;

Muitas ciências, altas tecnologias;

Crescentes temores no dia a dia...


Medos latentes,

inexplicáveis, inconscientes;

Medos sentidos, onipresentes,


que nos fazem religiosos ou crentes,

nos dobram, tornam tementes

e, por fim, pacientes....


Que geram dúvidas, angustiam,

provocam teses de psiquiatria

mas resistem às terapias...


Medos do nada e do tudo,

do claro, do escuro,

medos de Deus - "disconjuro" !


Eu, que realmente não sei e

os tenho comigo, quer saber?

- Fiz de meus medos, AMIGOS !

                                
                    Piratininga, abril/2014.

Comentarios:
 
Comentário de Mônica do S Nunes Pamplona 
 
Forma suave de encarar os medos.
Esses que tanto desafiam a estabilidade mental do ser.
Bravossssss  Paolo.
Bjsssss
Comentário de Vera Regina Cazaubon 
 
Aplausossssssssssssssssssssss, Paolo, você versou sobre nosso amigo medo com maestria. Beijokas
Comentário de Waulena d'Oliveira Silva 
 
Poeta, abordaste um tema e tanto, atual, presente e quase unânime !
Logo esse tema, que poderia ser pesado, porque os medos de cada um podem ser um peso insuportável  -  não vemos tantos, hoje em dia, com a doença do pânico ?
Mas o fizeste de forma leve, rimada, com categoria, evidentemente.
Talvez tenhas apontado um boa saída :
" Venha cá medo. Qual é o teu nome ? Não fique à minha espreita. Sente aqui na minha frente. E vamos conversar como dois amigos... "
Pois é, se o conheceres, já não o temerás tanto...
Parabéns !!   Bjs. Wau
Comentário de Arlete Brasil Deretti Fernandes 
 
Parabéns, Paolo, pelo profundo e humano poema.
Cada um  procura uma arma para enfrentar seus próprios medos. Muito bom é quando conseguimos derrotá-los!
A grande maioria dos medos entram em nossa mente na nossa infância, do  zero até os dez anos, e ali ficam depositados até a morte.  Feliz de quem consegue extirpálos da vida.

Beijossssssss

Comentário de Maria Iraci Leal 
 
MEDOS, TODOS TEM
EU OS TENHO E,
 O SEGREDO É,
ENCARAR DE FRENTE.
SEGUIR, MESMO COM MEDO!
BELÍSSIMO POEMA A REFLETIR
MUITO MAIS,
PAOLO PARABÉNS,
MIL, BEIJOS!
Comentário de Sílvia Mota 
 
"Que geram dúvidas, angustiam,
provocam teses de psiquiatria
mas resistem às terapias..."
Fantástica reflexão a respeito dos medos inerentes à vida de cada um de nós.
Parabéns!
Beijosssssssss
Comentário de Enide Santos 
 
É poeta uma primorosa leitura e o prazer de chama-lo de poeta!
Parabéns aplausos


Comentário de SELDA MOREIRA KALIL 
 
Grande forma de abraçar seu medo tendo-o como amigo...Belíssima reflexão que me leva analisar formas corretas de acabar com meu medo rsrsrsrsrsr
Bravooooooooo poeta...Meu abraço
Comentário de Lais Maria Muller Moreira 
 
O que seria temer?
Não conhecer talvez julgar o preestabelecido como sendo mau
Se portar confiante é descartar
É sorrir cantarolar
Enfim é se enfrentar!
Belo poema questionando!
Questões existenciais são para serem encontradas!
beijo
Comentário de Janete Francisco Sales Yoshinaga 
 
Saber lutar contra o medo é uma arte...
e uma bela arte é este seu poema...
Que fala dos medos que à todos circundam...
Amei a reflexão, pois temos que fazer das nossas experiências
um motivo de adiantamento espiritual!
Sejam elas boas ou ruins!
Meus parabéns pelas linhas de sabedoria!
Beijos